domingo, 20 de março de 2011







A Cara do Cariri
Seu Espedito de Mocinha está certo ao dizer:"Ver essa paisagem pela primeira vez é como ver o mar" e realmente é esse alumbramento que as pessoas têm ao subir numa serra ou lajedo e ver do alto a nossa paisagem caririzeira. Pra quem não viu e quer ver aqui mostro alguns lugares realmente espetaculares que lhes prometo de antemao postar outras fotos dessa paisagens que tive o prazer de conhecer hoje.

Entre os destaques além da beleza a hospitalidade das pessoas da região que nos recebem com muito boa vontade e respeito. Lá em dona Zabé da Loca ela me chama logo pra almoçar. Em seu Espedito de Mocinha ele já me vem com café em seguida uma espiga de milho assado que sua esposa nos oferta.
Quando chego nos locais tento saber quem é o dono e logo eles nos recebem com muita hospitalidade: na pedra da igreja Edinaldo nos fala do orgulho de ter comprado esse terreno após mais de vinte anos de trabalho em São Paulo economizando e comprando esse terreno que tem mais de cem hectares. Mais à frente chego na Serra da Gameleira e em uma casinha amarela ao pé da serra sou recepcionado por Eudes que faz algumas perguntas e fala que muita gente vem pra serra subir os lajedos... todos recebem os visitantes como se fosse um orgulho ter as pessoas visitando essas paisagens naturais que serviram de abrigo aos índios cariris e seus antepassados como mostra as pinturas rupestes encontradas em diversas pedras na comunidade de Santa Catarina.

Não vou mentir dizer que foi só alegria o dia todo, o calor estava infernal e o Sol queimando o escalpo, mas nada que protetor solar, chapéu e roupas adequadas não resolvam. Fico na expectativa de talvez no período junino formarmos uma comitiva e fazer um tour pelos sítios de Monteiro visitando os povoados, subindo serras e lajedos (como os mocós e bodes da região o fazem) e comendo um delicioso queijo de coalho ou xerem com leite em alguma casa e ao som de seu João de Amélia e ouvindo poemas como esse de seu Espedito:

"Nasci nesse pé de serra
Daqui nunca me ausentei
Estudei, não me formei
porque meu pai não podia
Jesus, filho de Maria
De mim se compadeceu
E como presente me deu
Um crânio com poesia".

Texto e fotos: Asley Ravel

3 comentários:

  1. Me emocionei vendo o reprise do Globo Rural, o amor dela pela serra e muito belo... e bateu uam saudade grande d+ de Monteiro.

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  2. Mônica Aleixo23/03/2011, 15:14

    Eita! Pense que deu uma saudade danada de lá! Faltou o lajedo de Fraziano, saudades da minha infância.

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  3. Quando acabar o povo quer conhecer Paris, com tanto canto bonito ainda pra se conhecer.

    Marco di Aurélio

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