A perda da palma afeta de modo geral a vida do homem do campo, uma das mudanças mais visíveis foi a substituição do carro de boi pela charrete, pra se criar uma junta de bois você precisa de palma e outros pastos, já um jumento come qualquer coisa até casca de pau. Uma nova variação da palma já está sendo plantada pra tentar repôr essa grande perda para o caririzeiro, que tenta adapta-se plantando outras variações de pastagem. Nesse meio tempo tá a algaroba que foi plantada de início em algumas fazendas mas hoje ocupa grandes faixas de terra e acaba com os solos tornando-os estéreis e dê uma doença nos animais chamada língua de pau. Mesmo fornecendo madeira pra carvão e as vagens pros animais será a perda da nossa mata nativa pra monocultura da algaroba e posteriormente a desertificação do solo.
O nosso solo é riquissimo e a prova disso é que em poucos dias após umas chuvas tudo já está verde e até os rebanhos começam a se recuperar.
As ovelhas já começam a procurar babugem e os criadores agora estão mais confiantes nas chuvas pro próximo ano.
A região do Cariri tem mostrado um grande desenvolvimento nos últimos anos e muita gente tem deixado de viajar e ter esperanças em viver por aqui, agora jovens podem sonhar mais alto com a possibilidade de fazer uma faculdade ou curso técnico federal, alternativas que há poucos anos eram bem remotas. As obras da transposição estão bem próximas a Monteiro e isso também aguça a esperança de um futuro melhor para essa região.
Quero muito ver o jovem daqui fazer a cidade e o campo crescerem e a mão de obra nossa permanecer aqui e tembém termos mão de obra especializada pra não sermos apenas burros de carga pra patrões e chefes de indústria começem a enxergar aqui um novo eldorado.
Quando vejo Paulo César, um jovem do sítio Pitombeira cursando a UEPB fico muito feliz que haja essa possibilidade.
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